A tributação para marketplaces é o conjunto de regras e tributos que incidem sobre vendas realizadas em plataformas digitais como Mercado Livre, Shopee, Amazon e Magalu.
Entre os principais impostos sobre vendas digitais, estão o ICMS e ISS de marketplaces, que compõem parte da carga tributária dos vendedores e variam conforme a legislação estadual e municipal.
A escolha do regime tributário do mercado digital — seja Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real — influencia diretamente o valor dos impostos pagos e a viabilidade do negócio.
Para manter o compliance fiscal nos marketplaces, é essencial organizar documentos, emitir notas corretamente e contar com uma contabilidade especializada em negócios digitais que realize a escrituração contábil e cuide das obrigações fiscais.
Compreender o funcionamento desse sistema é o primeiro passo para evitar autuações e garantir lucratividade sustentável.
O que é tributação para marketplaces e como funciona
A tributação para marketplaces é o conjunto de regras e tributos que incidem sobre as vendas feitas em plataformas digitais como Mercado Livre, Shopee, Amazon, Magalu e outras.
Entre os principais impostos sobre vendas digitais, estão o ICMS e o ISS, que compõem parte da carga tributária dos vendedores e variam conforme a legislação estadual e municipal.
A escolha do regime tributário ideal — seja Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real — influencia diretamente o quanto o vendedor vai pagar em impostos e a viabilidade financeira da operação.
Para manter o compliance fiscal, é essencial organizar documentos, emitir notas corretamente e contar com uma contabilidade especializada que realize a escrituração contábil e cuide das obrigações fiscais.
Compreender o funcionamento dessa tributação é o primeiro passo para evitar autuações e aumentar a lucratividade de forma segura e estratégica.
Principais impostos nas vendas via marketplaces
Vender em plataformas digitais como Mercado Livre, Shopee e Amazon envolve tributos estaduais e federais, além de impostos municipais em casos específicos.
O ICMS é um imposto estadual aplicado sobre a venda em marketplaces é um dos principais e incide sobre a circulação de mercadorias, variando conforme o estado de origem e destino.
Quando a venda é interestadual para consumidor final, pode haver cobrança do DIFAL do ICMS, que complementa a diferença de alíquotas entre estados, direcionando parte da arrecadação ao estado de destino.
A substituição tributária do ICMS também pode se aplicar, antecipando o recolhimento do imposto em toda a cadeia de comercialização, geralmente pelo fabricante ou importador.
O ISS é um imposto municipal que incide sobre serviços digitais, como produtos virtuais, assinaturas ou intermediação de serviços.
Nos tributos federais, destacam-se o PIS e COFINS do e-commerce, destinados à seguridade social, e, para empresas no Simples Nacional, o DAS Simples Nacional, que unifica diversos impostos.
A carga tributária dos vendedores depende do enquadramento fiscal e da natureza do produto ou serviço vendido, tornando indispensável o apoio de uma contabilidade.
Exemplo Prático: Cálculo do DIFAL do ICMS
O DIFAL (Diferencial de Alíquota) do ICMS é cobrado quando uma venda é feita para um consumidor final em outro estado. A cobrança visa equilibrar a arrecadação do imposto entre o estado de origem e o de destino da mercadoria.
Cenário:
- Empresa em São Paulo (SP) vende um produto de R$ 1.000 para um consumidor final em Roraima (RR).
- Alíquota interna do ICMS em SP: 18%.
- Alíquota interestadual (SP para RR): 7%.
- Alíquota interna do ICMS em RR: 17%.
Cálculo:
- Imposto devido ao estado de origem (SP):
- Valor do produto x Alíquota interestadual = R$ 1.000 x 7% = R$ 70,00
- Imposto devido ao estado de destino (RR) – o DIFAL:
- (Alíquota interna do destino – Alíquota interestadual) = 17% – 7% = 10%
- Valor do produto x Diferença de alíquota = R$ 1.000 x 10% = R$ 100,00
Nesse caso, a empresa em SP precisará recolher R$ 70,00 de ICMS para o estado de São Paulo e R$ 100,00 de DIFAL para o estado de Roraima.
Qual o CNAE ideal para vender em marketplaces
O CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) é um código que identifica a atividade de uma empresa e define obrigações tributárias específicas.
O CNAE para marketplaces e plataformas de e-commerce é o mesmo utilizado para o mesmo produto vendido em uma loja física.
Isso significa que, se você já possui um código cadastrado para sua atividade no comércio tradicional, ele também se aplica às vendas online, inclusive em marketplaces.
É possível definir um CNAE principal e até 99 CNAEs secundários, o que permite cadastrar diferentes atividades compatíveis com os produtos ou serviços que você oferece.
O ISS não se aplica a toda venda em plataformas digitais. Ele é devido apenas em casos de prestação de serviços ou venda de produtos digitais, como:
Venda de cursos on-line
Licenciamento de softwares
A escolha correta do CNAE influencia o regime tributário e a carga tributária dos vendedores, evitando problemas fiscais e custos desnecessários.
Planejamento tributário para vendedores de marketplaces
O planejamento tributário é a estratégia que permite reduzir a carga tributária dos vendedores de forma legal e segura em marketplaces.
Ele envolve a análise detalhada das vendas, a escolha do regime tributário mais adequado e o cálculo preciso de tributos sobre a venda de produtos na Amazon, Shopee, ML e outros.
Empresas que aplicam um planejamento eficiente conseguem prever custos, evitar autuações e otimizar o fluxo de caixa.
Além disso, o acompanhamento constante por uma assessoria contábil permite identificar oportunidades de economia e ajustar a estratégia de acordo com mudanças na legislação.
O planejamento tributário é um investimento que se traduz em mais lucro e maior segurança fiscal para quem vende em plataformas digitais.
Como abrir CNPJ para vender em marketplaces
Abrir um CNPJ para marketplaces é o primeiro passo para atuar de forma legal no e-commerce.
O processo para abrir um CNPJ começa com a escolha da natureza jurídica (MEI, Empresário Individual, Sociedade Limitada, entre outras) e do porte da empresa (ME, EPP), de acordo com o faturamento esperado.
Em seguida, é essencial definir o CNAE ideal, compatível com o tipo de produto ou serviço comercializado, pois ele influencia o regime tributário e os impostos a pagar.
Confira o passo a passo:
Consulta de viabilidade do endereço (físico ou virtual)
Obtenção do certificado digital
Elaboração do contrato social
Registro na Junta Comercial
Inscrição estadual no SEFAZ (ICMS dos marketplaces)
Inscrição municipal (ISS das plataformas digitais)
Alvarás e licenças (se aplicável)
Configuração para emissão de notas fiscais eletrônicas
Planejamento tributário para escolher o regime mais vantajoso
É possível abrir uma microempresa e fazer a abertura de um CNPJ no Simples Nacional, no mesmo modelo de negócio, já que a ME é o porte e o Simples o regime tributário. Ainda sim, é possível abrir essa empresa como uma SLU, por exemplo, que é a natureza jurídica.
Uma assessoria contábil descomplica, agiliza o processo e evita erros que possam gerar custos desnecessários.
Quais os regimes tributários para marketplaces
O regime tributário define como serão apurados e pagos impostos como ICMS, ISS, PIS e COFINS, IRPJ e CSLL.
As principais opções para marketplaces são: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
A escolha deve considerar o faturamento, a margem de lucro e a natureza do produto ou serviço vendido.
No Simples Nacional, há unificação de tributos, mas nem sempre a alíquota efetiva é a mais baixa.
O Lucro Presumido aplica percentual fixo sobre o faturamento para calcular impostos, enquanto o Lucro Real considera o lucro líquido ajustado.
Uma contabilidade especializada é fundamental para simular cenários, avaliar impactos e escolher a opção que ofereça menor carga tributária para vendedores sem comprometer a conformidade fiscal.
Simples Nacional para marketplaces
O Simples Nacional para marketplaces é um regime simplificado que unifica tributos em uma única guia de pagamento (DAS), reduzindo burocracias.
Pode ser vantajoso para empresas com faturamento dentro do limite legal e margens de lucro moderadas.
Nesse regime, o ICMS e o ISS são recolhidos junto com outros tributos, como IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.
Apesar da simplicidade, é essencial calcular a alíquota efetiva considerando as faixas de receita, pois ela pode ser mais alta que em outros regimes dependendo do volume de vendas.
A escolha exige análise técnica para confirmar se o Simples é realmente a melhor alternativa.
Com uma assessoria contábil, é possível evitar surpresas e maximizar benefícios, garantindo segurança fiscal e previsibilidade nos custos.
Lucro Presumido para marketplaces
No Lucro Presumido para marketplaces o IRPJ e CSLL são calculados com base em um percentual fixo do faturamento, variando conforme a atividade.
Para o comércio, aplica-se normalmente 8% de presunção para IRPJ e 12% para CSLL.
Os tributos PIS e COFINS no e-commerce são recolhidos de forma cumulativa, e o ICMS é apurado conforme a legislação estadual.
Esse regime pode ser vantajoso para empresas com margens de lucro superiores às presunções, pois a base de cálculo não considera o lucro real obtido.
É necessário, contudo, cumprir obrigações acessórias como a escrituração contábil regular e o recolhimento pontual de tributos.
Com apoio de uma consultoria contábil, é possível avaliar se o Lucro Presumido oferece menor carga tributária para vendedores em comparação com outras opções.
Lucro Real para marketplaces
O Lucro Real para marketplaces exige apuração de IRPJ e CSLL sobre o lucro líquido contábil ajustado por adições e exclusões previstas na lei.
Nele, o PIS e COFINS são recolhidos de forma não cumulativa, permitindo o aproveitamento de créditos.
O ICMS e o ISS são apurados de acordo com a legislação vigente e exigem controle rigoroso.
Esse regime é indicado para empresas com margens de lucro reduzidas, alta carga de insumos ou que desejam aproveitar créditos fiscais.
Apesar da complexidade, pode resultar em economia relevante se bem administrado.
A gestão correta exige escrituração contábil detalhada e acompanhamento constante de uma assessoria contábil, garantindo que todos os benefícios sejam aproveitados e os riscos minimizados.
Exemplo de Vantagem entre Regimes Tributários
A escolha do regime tributário é estratégica e depende da margem de lucro da empresa.
Cenário:
- Empresa de e-commerce com faturamento mensal de R$ 100.000.
- Margem de lucro líquida de 15%.
- Principal despesa: compra de mercadorias.
1. Simples Nacional:
- Supondo que a empresa se enquadre no Anexo I (Comércio), a alíquota inicial é de 4%.
- Impostos a pagar: R$ 100.000 x 4% = R$ 4.000.
2. Lucro Presumido:
- IRPJ: (R$ 100.000 x 8% de presunção) x 15% de alíquota = R$ 8.000 x 15% = R$ 1.200.
- CSLL: (R$ 100.000 x 12% de presunção) x 9% de alíquota = R$ 12.000 x 9% = R$ 1.080.
- PIS: R$ 100.000 x 0,65% = R$ 650.
- COFINS: R$ 100.000 x 3% = R$ 3.000.
- Total de impostos (apenas federais): R$ 1.200 + R$ 1.080 + R$ 650 + R$ 3.000 = R$ 5.930. (O ICMS, com alíquotas estaduais, seria pago à parte e o valor final seria ainda maior).
Conclusão: Neste cenário de faturamento, o Simples Nacional é mais vantajoso, pois a alíquota inicial (4%) resulta em um valor de imposto menor do que o calculado no Lucro Presumido (R$ 4.000 vs. R$ 5.930 apenas em impostos federais).
Tabela Comparativa de Impostos Federais por Margem de Lucro
Cenário de Negócio | Simples Nacional (Anexo I) | Lucro Presumido | Lucro Real | Mais Vantajoso |
Faturamento: R$ 100.000 Margem de Lucro: 15% | R$ 4.000 (4% sobre o faturamento) | R$ 5.930 (sobre a presunção de lucro) | R$ 6.600 (sobre o lucro real de R$ 15.000) | Simples Nacional |
Faturamento: R$ 100.000 Margem de Lucro: 10% | R$ 4.000 (4% sobre o faturamento) | R$ 5.930 (sobre a presunção de lucro) | R$ 5.100 (sobre o lucro real de R$ 10.000) | Simples Nacional |
Faturamento: R$ 100.000 Margem de Lucro: 5% | R$ 4.000 >(4% sobre o faturamento) | R$ 5.930 (sobre a presunção de lucro) | R$ 3.600 (sobre o lucro real de R$ 5.000) | Lucro Real |
Cálculo comparativo de impostos por regime tributário
Escolher o regime tributário do mercado digital correto impacta diretamente a carga tributária dos vendedores.
A seguir, apresentamos uma simulação para um faturamento bruto mensal de R$ 100.000,00 em vendas por marketplaces, considerando mercadorias físicas e percentuais médios:
Regime Tributário | Base de Cálculo | Alíquota (%) | Cálculo | Total de Tributos | Observações |
---|---|---|---|---|---|
Simples Nacional (Anexo I) | R$ 100.000,00 | 6,00%* | 100.000 × 0,06 | R$ 6.000,00 | *Alíquota inicial, varia por faixa |
Lucro Presumido | IRPJ/CSLL: 8% e 12% presunção; PIS/COFINS: 3,65%; ICMS: 4% | — | IRPJ: 1.200,00 CSLL: 1.080,00 PIS/COFINS: 3.650,00 ICMS: 4.000,00 | R$ 9.930,00 | Percentuais fixos, sem deduções |
Lucro Real | Lucro líquido 15% = 15.000,00 | — | IRPJ: 2.250,00 CSLL: 1.350,00 PIS: 1.650,00 COFINS: 7.600,00 ICMS: 4.000,00 | R$ 16.850,00 | Possui créditos de PIS/COFINS |
Quadro Comparativo: Tributação nos Regimes Fiscais
A tabela abaixo resume as principais diferenças na apuração de IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS e ISS entre os três regimes tributários aplicáveis a vendedores de marketplaces:
Imposto | Simples Nacional | Lucro Presumido | Lucro Real |
IRPJ, CSLL, PIS, COFINS | Unificados em uma única guia (DAS). A alíquota varia conforme o faturamento e o anexo da atividade. | IRPJ e CSLL: Calculados com base em uma presunção de lucro (geralmente 8% para IRPJ e 12% para CSLL sobre a receita bruta). PIS e COFINS: Calculados de forma cumulativa, sobre o faturamento, sem direito a créditos. | IRPJ e CSLL: Calculados sobre o lucro líquido contábil ajustado, o que pode ser vantajoso para empresas com baixa margem de lucro. PIS e COFINS: Calculados de forma não cumulativa, permitindo o aproveitamento de créditos sobre despesas. |
ICMS | Recolhido na DAS, mas com alíquotas que variam conforme o estado e o faturamento. | Apurado de acordo com a legislação estadual, com recolhimento separado. Permite o aproveitamento de créditos fiscais (ex.: compra de mercadorias). | Apurado de acordo com a legislação estadual, com recolhimento separado. Permite o aproveitamento de créditos fiscais (ex.: compra de mercadorias). |
ISS | Recolhido na DAS para empresas prestadoras de serviço, com alíquotas que variam conforme o faturamento e o município. | Apurado de acordo com a legislação municipal, com recolhimento separado. | Apurado de acordo com a legislação municipal, com recolhimento separado. |
Mudanças com a reforma tributária
A reforma tributária para marketplaces vai alterar a forma como os impostos são cobrados nas vendas digitais.
O objetivo é unificar tributos como ICMS e ISS em novos impostos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
Essa mudança busca simplificar a apuração, reduzir burocracias e criar um regime tributário unificado.
Para os vendedores, isso significa o fim do cálculo separado de ICMS e ISS, mas será preciso atenção às novas regras de compliance fiscal unificado e obrigações fiscais unificadas.
O DIFAL do ICMS e a substituição tributária devem passar por adaptações, podendo impactar margens e precificação.
A transição exigirá ajustes no sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas, treinamento da equipe e revisão do planejamento tributário.
Contar com uma consultoria contábil será essencial para garantir adaptação rápida e evitar problemas com a fiscalização.
A importância da contabilidade para vendedores em marketplaces
A contabilidade especializada para marketplaces é essencial para manter conformidade fiscal e garantir que o negócio seja lucrativo.
Ela orienta na escolha do regime tributário mais vantajoso para o mercado digital, ajudando a reduzir a carga tributária dos vendedores sem comprometer a legalidade.
Também garante que tributos como ICMS, ISS e PIS e COFINS sejam apurados corretamente, evitando autuações.
Além da apuração de impostos, a contabilidade organiza a escrituração contábil, acompanha mudanças na legislação e realiza o planejamento tributário.
Outro papel fundamental é a orientação para emissão de notas fiscais eletrônicas e o controle de obrigações fiscais específicas de cada plataforma.
Com o apoio de uma consultoria contábil, o vendedor ganha mais segurança, otimiza seus custos e tem mais tempo para focar nas vendas e na expansão do negócio.
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